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O Caos e o Anti-caos

  • Foto do escritor: Fernando Tietê
    Fernando Tietê
  • 14 de mar. de 2024
  • 4 min de leitura

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Este é o primeiro texto, efetivamente, que escrevemos para esse espaço do blog do “Fala Sério, Tietê!”. E, na verdade, queremos começar menos de por quem fomos, ou de quem somos, para dizer um pouco do que fazemos. Menos do quanto fomos moldados por termos sido praticantes da advocacia, “de tudo um pouco no Direito”, do que para contarmos, com entusiasmo, de como o jornalismo, o jornalismo independente, tem sido nossa realização profissional e pessoal.

 

Não só isso. Digamos (como dizia um grande amigo, o Dr. Virgílio), que este blog, o próprio canal em si, o “Fala Sério, Tietê!” se trata apenas da ponta do iceberg, cuja base está construída na criação, do “zero”, de uma Produtora inteira.


Este é o primeiro texto, efetivamente, que escrevemos para esse espaço do blog do “Fala Sério, Tietê!”. E, na verdade, queremos começar menos de por quem fomos, ou de quem somos, para dizer um pouco do que fazemos. Menos do quanto fomos moldados por termos sido praticantes da advocacia, “de tudo um pouco no Direito”, do que para contarmos, com entusiasmo, de como o jornalismo, o jornalismo independente, tem sido nossa realização profissional e pessoal.

 

Não só isso. Digamos (como dizia um grande amigo, o Dr. Virgílio), que este blog, o próprio canal em si, o “Fala Sério, Tietê!” se trata apenas da ponta do iceberg, cuja base está construída na criação, do “zero”, de uma Produtora inteira.

 

Corremos atrás de todo um know-how específico (sim, usamos um pleonasmo vicioso, mesmo! risos) para poder produzir tudo, desde os roteiros, uso de  switchers de câmeras, microfones, conexões on-line para convidados e participantes de outras localidades do Brasil (e do Mundo), até a transmissão de vídeos informativos, de opinião, entrevistas e, principalmente, os de formato estritamente jornalísticos.

 

Contudo, não o negamos, o carro chefe é e tem sido o Canal de Youtube, “Fala Sério, Tietê!”, cujo objeto central é tratar daquilo que se convencionou chamar de Geopolítica, isto é, de assuntos internacionais e determinados assuntos internos sem que (e desde que não) tenha o já enfadonho debate ideológico e polarizado de Direita versus Esquerda, João versus Pedro, Partido “A” versus Partido “B”.

 

Usamos praticamente em toda transmissão a frase, que sabemos não ser nossa, de que “o nosso partido é o Brasil” (até onde sabemos, a frase seria do falecido político pernambucano, o ex-governador Eduardo Campos).

 

A ideia inicial da criação do Canal era a de podermos nos expressar, pensando nas críticas que o país, os governos federal, estadual e municipal, precisavam, diante do caos que se estabeleceu desde 2018, mas, embora tenhamos parado com aqueles ataques diretos e com posicionamento ideológico definido (mas não apagamos nenhum dos vídeos! risos), entendemos que, por razões que a sociologia e antropologia explicam melhor do que nossas palavras, se continuássemos naquela linha só seria colocar gasolina na fogueira: da polarização; das vaidades; no ódio como forma de política; e, como forma imoral de conseguir “likes”, seguidores e compartilhamentos.

 

Assim, de abril/2023 em diante, focamos unicamente no debate dos problemas estruturais do Estado sejam quem sejam os governantes e seja quem esteja no Governo, quando tratando de questões internas; e, quando tratando dos conflitos armados internacionais, crises diplomáticas, humanitárias e embates diretos ou indiretos com o Brasil, focamos em aprender com as boas práticas dos outros países ou rechaçar os erros, em prol de tirar boas lições sempre para o país.

Parece, e talvez seja, um tanto quimérico, um tanto quixotesco até, mas o intuito é estudar a fundo sobre aquilo sobre o que tratamos nos vídeos, nas reportagens, nas entrevistas.

 

Dando importância absoluta para os fatos e deixando nossas leituras sobre esses mesmos fatos em segundo plano, pois, embora também sempre digamos que essas leituras não são expostas com base “em ideias geradas nos nossos cérebros criados a leite com pera”, a ideia é deixar que o espectador tire suas próprias conclusões, sendo absolutamente irrelevante para nós se vão concordar ou não com nossos pontos de vista.

 

Em outras palavras, há um caos daempoliano[1] instaurado no Mundo, nas pessoas, no macro e no microcosmo sociais. Entre países, entre pessoas. De modo que, fazendo um trocadilho que não gostaríamos de fazer, estamos tentando usar o algoritmo das plataformas, mormente o do Youtube, contra ele mesmo.

 

Não no mal sentido, querendo derrubá-lo ou coisa parecida. Apenas, no sentido de tentar usar a plataforma para divulgar, quiçá viralizar, informações e criar uma campanha contra excessos de militância ideológica, de esquerda e de direita, contra a polarização, contra o conceito de inimigo e trazendo de volta o conceito de adversário. Em suma, o que estamos fazendo é fazer registrar nos anais da Internet[2] uma receita possível de anti-caos contra o caos estabelecido nos últimos mais de 10 (dez) anos, esperando ajudar anulando-o um dia.

 

Não é a tarefa mais fácil do mundo, não é, certamente, a que traz mais retorno financeiro, mas, devemos confessar aqui, é a que mais dá sentido a tudo aquilo que estudamos, tudo aquilo que vivenciamos na Política, no Jornalismo, no Direito, e que pretendemos utilizar em conjunto com as noções de Marketing, Publicidade e Merchandising que tivemos contato, e até nas artes que estudamos “praticamente desde sempre”, como teatro, fotografia, audiovisual, piano, canto lírico etc.

 

Bem-vindo, bem-vinda, a este espaço! Convidamos a todos que nos acompanhem lá, acolá e aqui, dando suas contribuições, críticas e ideias.

Até a próxima.

 


[1] Giuliano da Empoli, escritor da obra Os Engenheiros do Caos

[2] em sentido amplo

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