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COPA AMÉRICA 2024 E A IDENTIDADE BRASILEIRA

  • Foto do escritor: Fernando Tietê
    Fernando Tietê
  • 9 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Depois de assistir um dos últimos vídeos de Jones Manoel[1], acerca da representatividade que o futebol tem para uma (tentativa) de formação de identidade nacional para o povo brasileiro, fiquei pensativo.


A tendência era concordar, mas queria ter certeza. Principalmente porque usurparam o símbolo da união brasileira: primeiro em campo, em 2014, no "mondocânico" 7x1 contra a Alemanha (que praticamente não tem nada a ver com isso) e, depois, com a adoção da camisa amarelinha pelo pessoal apoiador do presidente do quadriênio anterior ao atual.


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Sou corinthiano (há uma polêmica que eu mesmo me criei, envolvendo Internacional e Flamengo, mas não vem ao caso, agora) e sempre acompanhei de perto o mundo do Futebol.

Porém, todo esse envolvimento foi levado ralo abaixo, depois de 2014 e outras manifestações (celulares para aliens, pneus, mitos, invasões em Brasília etc.).


Contudo, o tempo é implacável e os jogos, as competições, os torneios, as copas, continuam... ah, sim, continuam! com ou sem o Brasil (tipo as Olimpíadas que nem terão a seleção por lá este ano).


Implacavelmente, levaram a esperança do povo, nesse que era o referencial de unidade nacional, por falta de algum fato histórico, que nem Tiradentes, nem Dom Pedro I, nem a República, nem Getúlio, nem o Golpe, nem a Redemocratização, nada!, conseguiu ser.


Hoje, o que vemos é um povo - além de todo cheio de problemas sociais, econômicos e políticos - cheios de um vazio, um "blackout" interior coletivo que não nos atinge mais como o fizeram aqueles jogadores de 2014 diante de uma Alemanha que, repita-se, não tem (e todo brasileiro, se não sabe, TEM que saber) não tem nada a ver com a crise de (des)brasilidade que assola o país. Mas, o fato é que a Copa América me parecia uma boa oportunidade para uma reconciliação.


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Qual o quê!!!


Três bons jogadores, um técnico bem intencionado, mas... bem, eis que vem a realidade e nem o Brasil é bom, nem o Brasil tem uma seleção boa, nem o Brasil põe medo em ninguém! Bom, talvez esse seja um bom (e triste) paradoxo político-futebolístico, pois o Brasil põe medo, sim, mas nos próprios  Brasileiros!


Dá pra piorar?! ...Ah, sim, sempre dá pra piorar!

O ser e não ser tupiniquim pode atingir dimensões inimagináveis pelo dinamarquês Hamlet[2].


Aguardemos os próximos torneios!

 

 

[2] Personagem principal da peça de teatro de mesmo nome da autoria de William Shakespeare.

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